segunda-feira, 3 de março de 2008

Sugestão de Leitura

Para ocupar as suas férias, sugerimos alguns livros sobre fobias, medos e a ansiedade:

  • Aprenda a viver sem medo Teixeira, José Micard
  • Fobia Ward, Ivan
  • Pôr o medo a fugir Gonçalves, Miguel
  • Como tornar-se um doente mental Abreu, Pio
  • Ansiedade Social: Da Timidez à Fobia Social Gouveia, José Pinto
  • Análise de uma Fobia em um Menino de 5 anos Freud, Sigmund
  • Fobias Específicas V A
  • Guerras do Século XXI- Novos medos, Novas Ameaças Ramonet, Ignacio
  • Ansiedade Fobias e Sindrome do Pânico Sheehan, Elaine

sábado, 1 de março de 2008

Ganhar Asas

Designa-se por aerofobia o medo de viajar em aviões.

Estima-se que cerca de 10 a 40% da população adulta tem medo de voar.

Actualmente, a aerofobia é considerada um caso clínico de proporções significativas, que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, interferindo com a sua qualidade de vida, privando-as de viajar por lazer ou obrigando-as a recusar promoções no emprego só para não viajarem de avião.

O Programa "Ganhar Asas" consiste numa intervenção terapêutica sobre a aerofobia, que envolve um trabalho de parceria entre a TAP- PORTUGAL e a UCS-Cuidados Integrados de Saúde.
Tem como objectivo tornar possível a viagem de avião a todas as pessoas que pretendam utilizar este meio de transporte para fins pessoais, lúdicos ou profissionais, ultrapassando as dificuldades que limitam a sua utilização, com base em técnicas de tratamento cognitivo-comportamental.

O Programa "Ganhar Asas" é constituído por: 2 psicólogos, 1 piloto de aviação,1 assistente de bordo e 1 engenheiro de manutenção aeronáutica.

Nº de participantes: 10 a 15 elementos

Duração: 2 dias completos

No final do programa há um voo Lisboa/Madrid/Lisboa, na companhia dos instrutores do curso.

Próximo Curso: 30 e 31 de Maio

Pode inscrever-se através do e-mail ganharasas@ucs.pt e saber mais sobre o curso no site http://www.ucs.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=32.

O Medo tem idade?

O medo acompanha o Homem desde sempre, sendo mesmo possível falar em medos típicos, em função da etapa de desenvolvimento em que este se encontra.

Alegoria dos medos

No primeiro ano de vida os medos relacionam-se com adultos estranhos, ruídos, alturas e o afastamento da figura com quem a criança estabeleceu uma relação privilegiada (por exemplo a mãe).

Do primeiro ano aos 2 anos e meio, o que causa mais medo às crianças são as tempestades naturais e pequenos animais/insectos.

Dos 2 anos e meio aos 6, o medo de seres imaginários, fantasmas, monstros e animais em geral é frequente. Ficar só e o escuro causam também medo às crianças desta faixa etária.

Dos 6 anos aos 11, os acontecimentos sobrenaturais, as feridas, o sofrimento físico, a saúde, a morte e os aspectos escolares são os medos mais comuns.

Dos 11 aos 13 anos, os medos já se tornam mais elaborados, centrando-se nos relacionamentos interpessoais, e auto-imagem.

Dos 13 aos 18 anos na sexualidade parece ser o factor que causa maior ansiedade.

O aparecimento de medos que não se enquadram nesta descrição não são necessariamente patológicos.

A Origem do Medo

"Quem vive temeroso nunca será livre."
Horácio

Existem factores que poderão ser considerados responsáveis pelo desenvolvimento de medos:
  • As experiências do dia-a-dia, onde, por vezes, ocorre a associação entre acontecimentos aversivos e situações previamente neutras. Em resultado dessas associações, situações neutras passam a ser consideradas aversivas, causando consequentemente medo.

  • A modelagem, a aprendizagem por observação. Os medos podem ser adquiridos por observação de pessoas que reagem medrosamente em relação a determinadas situações. Por esta razão, as famílias onde existe um elevado número de medos são famílias de risco.
Os descendentes de pais com muitos medos têm maior probabilidade de desenvolverem medos mais intensos, assim como também perturbações ansiosas.
  • A transmissão de informação negativa verbal, que pode ser feita pela comunicação social, livros, familiares e tradições populares, é ainda outro dos factores que poderá despoletar o aparecimento de medos.