sábado, 31 de maio de 2008

Reconhece Que Tem Algum Tipo de Fobia? - Resultados

Esteve durante todo o ano lectivo disponível neste blogue a votação:

-Reconhece Que Tem Algum Tipo de Fobia?

Opção 1 - Sim
Opção 2 - Sinto medo exagerado perante algo, mas não sei se o que tenho é uma fobia
Opção 3 - Não


Contabilizámos 161 votos, o que mostra que muitas pessoas participaram.


>>>Resultados<<<

Opção 1 - 81 votos (aproximadamente 50%)
Opção 2 - 37 votos (aproximadamente 23%)
Opção 3 - 43 votos (aproximadamente 27%)

>>>Conclusões<<<

Estes resultados, apesar de não serem representativos, confirmam aquilo que sempre referimos ao longo ano lectivo. Muitas pessoas sofrem dos mais variados tipos de fobias, vendo o seu quotidiano limitado em diferentes aspectos. Concluí-se assim que é necessário investir cada vez mais na informação e divulgação desta temática.

Inquéritos - Resultados



Realizámos, entre Abril e Maio deste ano, um inquérito dirigido à população em geral da cidade de Évora. Foram inquiridos 271 indivíduos, dos quais 143 do sexo masculino e 128 do sexo feminino, com idades compreendidas entre os 12 e os 62 anos. Este inquérito tinha como objectivo estudar os medos e fobias mais comuns nesta população.

Como se pode observar no gráfico, os medos mais comuns – aranhas, alturas, cobras, morrer e tubarões – destacam-se largamente de todos os outros. Estes cinco foram apontados por mais de 45% dos inquiridos, enquanto os outros medos não ultrapassam os 30%.

As mulheres inquiridas têm em média mais medos do que os homens – 6 por mulher e 4 por homem.

Também como curiosidade, notámos que o medo de morrer se manifesta mais em indivíduos com maior idade.

A condução é também um dos medos cujos resultados são notáveis – 13%. Este é um medo cada vez mais comum, mas muitas vezes ignorado, o que não deveria acontecer.

terça-feira, 27 de maio de 2008

segunda-feira, 26 de maio de 2008

Entrevista

Entrevistámos uma mulher de 39 anos com fobia social e cinofobia (medo de cães).

1 – Quais são as coisas/situações que lhe provocam mais medo?

Falar em público (fobia social), animais em geral e cães em particular (fobia específica) são as coisas que mais me transtornam. No entanto, tenho outros medos que não são tão significativos.

2 – Sempre teve esses medos, ou houve uma altura em que eles surgiram com maior frequência?


Sempre tive medo de falar em público, ou seja, é uma situação que me provoca muito desconforto. Quando tenho de o fazer, sinto que os outros podem pensar mal de mim, julgar-me e até gozar comigo.
Também tive sempre medo de animais, mas só comecei a ter mais medo dos cães depois de ter sido mordida por um.

3 – Encontra alguma explicação para os seus medos?

Não, não consigo arranjar uma explicação lógica para nenhum dos meus receios. Apenas penso que o medo dos cães se deverá ao facto de ter sido atacada por um cão, como referi na questão anterior. Acho que fiquei um pouco traumatizada com esse acontecimento e nunca mais consegui estar ao pé de um cão sem sentir medo.
Geralmente, quando vejo um, lembro-me do tal episódio e começo a entrar em pânico.

4 – No dia-a-dia tenta enfrentar os seus medos, ou evita estar perante aquilo que a assusta?

Esporadicamente tento encarar o medo e enfrentar todas as situações que me assustam. Contudo, na maioria das vezes evito estar perante os meus medos, pois não sinto coragem suficiente para os ultrapassar.

5 – Está informada acerca do tema fobias/medos ou nunca teve grande curiosidade em aprofundar os seus conhecimentos acerca do assunto?

Penso que estou suficientemente informada. Já vários psicólogos me falaram sobre o assunto e me deram as indicações fundamenteis sobre como enfrentar e lidar com o medo.

6 - Alguma vez decidiu procurar ajuda para enfrentar os seus medos?

Sim, já procurei. Como disse, fui a vários psicólogos que me ajudaram.
A determinada altura da minha vida resolvi procurar apoio, uma vez que achei que os medos estavam a limitar a minha vida pessoal e profissional. Vivia em função deles e não conseguia fazer nada para os atenuar.

7 – Considera que essa ajuda foi útil?

Sim, felizmente, estou muito melhor. Desde que procurei ajuda consigo não viver tanto em função dos meus medos e levar uma vida quase “normal”. Apesar de ainda não me sentir bem a fazer algumas coisas, como comer ou falar em público e estar muito perto de cães, posso dizer que não vivo tão limitada pelas fobias.

8 – Alguma vez teve um ataque de pânico?

Sim, já tive vários, apesar de já não sentir nenhum há algum tempo.

9 – Pode descrever qual é a sensação?

Não sei descrever ao certo. Lembro-me de que tinha a sensação de que ia morrer, sentia suores frios e palpitações, tremia, ficava com a boca muito seca e sentia outros sintomas ansiosos.
Uma coisa posso garantir, era uma sensação horrível.
Uma das situações que me provocava mais ataques de pânico era ir sozinha a supermercados, pois sentia que toda a gente olhava para mim.

10 – Tem conhecimento de que uma em cada quatro pessoas sofre de fobias e este número tende a aumentar?

Não tinha conhecimento, mas sabia que o número de pessoas com estas perturbações é cada vez maior em todo o mundo.
Talvez o clima de insegurança transmitido pela comunicação social da actualidade seja uma das causas desse fenómeno.
Penso que se vive um clima de medo generalizado na nossa sociedade, o que provoca cada vez mais fobias, mesmo em pessoas com pouca idade.

11 – Ao longo do corrente ano lectivo, o nosso grupo tem desenvolvido um trabalho que pretende chegar às pessoas que sofrem de fobias, no sentido de as informar e fazer ver que não estão sozinhas. Pensa que o projecto tem sido bem conseguido?


Sim. Já visitei várias vezes o blogue que fizeram. Penso que está muito bem construído e contém informação útil, que pode ajudar todas as pessoas que sofram de fobias.
Lembro-me também de ter visto a notícia do debate sobre a fobia social no Diário do Sul. No entanto, por motivos profissionais, não pude estar presente.
Espero que continuem a desenvolver um bom trabalho e que esta entrevista possa servir para encorajar pessoas com fobias a procurar ajuda.

domingo, 11 de maio de 2008

Realidade Virtual


A realidade virtual consiste num ambiente artificial criado por recurso a hardware e software específicos que oferecem ao utilizador a sensação de presença e interacção com esse ambiente. Recorrendo a dispositivos especiais como luvas, auscultadores, óculos e outros, controlam-se as percepções sensoriais do utilizador assim como se adquirem as acções ou reacções em cada instante. Permitem a criação de sistemas de simulação bastante poderosos e extremamente úteis em várias áreas de desenvolvimento e aplicações científicas e didácticas.


A realidade virtual é um importante meio para tratar crises de ansiedade relacionadas com fobias e tem muitas vantagens em relação aos métodos tradicionais:


  • O equipamento está disponível no consultório do terapeuta, o tratamento é mais prático, cómodo e confidencial, não há constrangimentos públicos. Os pacientes sentem-se mais seguros;
  • O terapeuta tem maior controlo do ambiente de exposição do paciente, em relação a um ambiente real que está sujeito a situações inesperadas (por exemplo, um elevador com defeito num tratamento de fobia de alturas);

  • Pode ser até 10 vezes mais rápido que o tratamento convencional;

  • O facto de o tratamento ser num ambiente controlado e as condições do paciente monitorizas constantemente, faz com que o nível de intensidade da exposição à fobia possa ser reduzido, caso seja detectado um agravamento da fisiologia do paciente.

A maior parte dos trabalhos realizados nesta área estão relacionado com o tratamento de fobias específicas.


Um estudo demonstrou que estas técnicas inverteram em 88% os casos de pessoas que desenvolveram medo de viajar após um acidente e em 90% os traumas psicológicos provocados pelos atentados de 11 de Setembro de 2001, em Nova Iorque.

quinta-feira, 1 de maio de 2008

À Procura do Medo na ESGP - Parte 2

Mais uma vez procurámos pelos medos dos alunos e professores da Escola Secundária Gabriel Pereira.


sexta-feira, 25 de abril de 2008

À Procura do Medo na ESGP - Parte 1

Andámos pela nossa escola à procura dos medos dos alunos.



quarta-feira, 9 de abril de 2008

Sorteio









Tem carta de condução e não conduz há vários anos, está destreinado ou tem medo? Chegou a hora de se fazer à estrada! Participe no nosso sorteio. Esta é a oportunidade de ultrapassar os seus receios!




Dia 21 de Maio realizar-se-à na Escola Secundária Gabriel Pereira o "Encontro Entre Nós e os Outros". Esta iniciativa pretende alertar para a importância da segurança rodoviária. Para o efeito, vão decorrer debates, convívios e exposições.






Através do projecto que temos desenvolvido ao longo do corrente ano lectivo, constatámos que o medo de viajar em qualquer tipo de veículo (amaxofobia) é bastante frequente.




Concretamente, existem pessoas que têm carta de condução, mas não conduzem, por terem medo e já não estarem habituadas a fazê-lo.




Como tal, decidimos incentivar essas pessoas a enfrentar os seus receios. Para isso, vamos realizar um sorteio. Ao vencedor do sorteio será oferecida uma aula de condução prática, pela Escola de Condução Vila Lusitano.




As inscrições devem conter nome e contacto e podem ser enviadas para gfobias@hotmail.com ou ser feitas junto da professora Ana Paula Paquete, até ao próximo dia 21 de Maio.




Todas as pessoas que desejem participar devem ser portadoras de carta de condução de ligeiros dentro da validade.






O sorteio realiza-se a 21 de Maio e o vencedor será contactado. A data da aula de condução será posteriormente combinada com a escola de condução.




Em caso de dúvida, contacte gfobias@hotmail.com



segunda-feira, 3 de março de 2008

Sugestão de Leitura

Para ocupar as suas férias, sugerimos alguns livros sobre fobias, medos e a ansiedade:

  • Aprenda a viver sem medo Teixeira, José Micard
  • Fobia Ward, Ivan
  • Pôr o medo a fugir Gonçalves, Miguel
  • Como tornar-se um doente mental Abreu, Pio
  • Ansiedade Social: Da Timidez à Fobia Social Gouveia, José Pinto
  • Análise de uma Fobia em um Menino de 5 anos Freud, Sigmund
  • Fobias Específicas V A
  • Guerras do Século XXI- Novos medos, Novas Ameaças Ramonet, Ignacio
  • Ansiedade Fobias e Sindrome do Pânico Sheehan, Elaine

sábado, 1 de março de 2008

Ganhar Asas

Designa-se por aerofobia o medo de viajar em aviões.

Estima-se que cerca de 10 a 40% da população adulta tem medo de voar.

Actualmente, a aerofobia é considerada um caso clínico de proporções significativas, que afecta milhões de pessoas em todo o mundo, interferindo com a sua qualidade de vida, privando-as de viajar por lazer ou obrigando-as a recusar promoções no emprego só para não viajarem de avião.

O Programa "Ganhar Asas" consiste numa intervenção terapêutica sobre a aerofobia, que envolve um trabalho de parceria entre a TAP- PORTUGAL e a UCS-Cuidados Integrados de Saúde.
Tem como objectivo tornar possível a viagem de avião a todas as pessoas que pretendam utilizar este meio de transporte para fins pessoais, lúdicos ou profissionais, ultrapassando as dificuldades que limitam a sua utilização, com base em técnicas de tratamento cognitivo-comportamental.

O Programa "Ganhar Asas" é constituído por: 2 psicólogos, 1 piloto de aviação,1 assistente de bordo e 1 engenheiro de manutenção aeronáutica.

Nº de participantes: 10 a 15 elementos

Duração: 2 dias completos

No final do programa há um voo Lisboa/Madrid/Lisboa, na companhia dos instrutores do curso.

Próximo Curso: 30 e 31 de Maio

Pode inscrever-se através do e-mail ganharasas@ucs.pt e saber mais sobre o curso no site http://www.ucs.pt/index.php?option=com_content&task=view&id=52&Itemid=32.

O Medo tem idade?

O medo acompanha o Homem desde sempre, sendo mesmo possível falar em medos típicos, em função da etapa de desenvolvimento em que este se encontra.

Alegoria dos medos

No primeiro ano de vida os medos relacionam-se com adultos estranhos, ruídos, alturas e o afastamento da figura com quem a criança estabeleceu uma relação privilegiada (por exemplo a mãe).

Do primeiro ano aos 2 anos e meio, o que causa mais medo às crianças são as tempestades naturais e pequenos animais/insectos.

Dos 2 anos e meio aos 6, o medo de seres imaginários, fantasmas, monstros e animais em geral é frequente. Ficar só e o escuro causam também medo às crianças desta faixa etária.

Dos 6 anos aos 11, os acontecimentos sobrenaturais, as feridas, o sofrimento físico, a saúde, a morte e os aspectos escolares são os medos mais comuns.

Dos 11 aos 13 anos, os medos já se tornam mais elaborados, centrando-se nos relacionamentos interpessoais, e auto-imagem.

Dos 13 aos 18 anos na sexualidade parece ser o factor que causa maior ansiedade.

O aparecimento de medos que não se enquadram nesta descrição não são necessariamente patológicos.

A Origem do Medo

"Quem vive temeroso nunca será livre."
Horácio

Existem factores que poderão ser considerados responsáveis pelo desenvolvimento de medos:
  • As experiências do dia-a-dia, onde, por vezes, ocorre a associação entre acontecimentos aversivos e situações previamente neutras. Em resultado dessas associações, situações neutras passam a ser consideradas aversivas, causando consequentemente medo.

  • A modelagem, a aprendizagem por observação. Os medos podem ser adquiridos por observação de pessoas que reagem medrosamente em relação a determinadas situações. Por esta razão, as famílias onde existe um elevado número de medos são famílias de risco.
Os descendentes de pais com muitos medos têm maior probabilidade de desenvolverem medos mais intensos, assim como também perturbações ansiosas.
  • A transmissão de informação negativa verbal, que pode ser feita pela comunicação social, livros, familiares e tradições populares, é ainda outro dos factores que poderá despoletar o aparecimento de medos.

sábado, 16 de fevereiro de 2008

Debate sobre a Fobia Social

Como meio de divulgação do nosso projecto e de cumprir os objectivos propostos, no dia 21 de Fevereiro vamos realizar um debate sobre a Fobia Social.
O debate terá início às 10horas no auditório da Escola Secundária Gabriel Pereira.

Para o efeito contamos com a intervenção de três psicólogos: a Dra. Alexandra Oliveira, o Dr. Carlos Falcão e a Dra. Fernanda Graça, psicóloga da nossa escola.
Temos como objectivos explicitar o que se entende por Fobia Social, como detectá-la e que métodos são utilizados no seu tratamento. Debateremos ainda o papel da Escola no despiste e prevenção da Fobia Social em alunos.

Os leitores do nosso blogue que estiverem interessados em assistir e participar no debate serão bem-vindos, agradecemos a confirmação da vossa comparência para o nosso e-mail gfobias@hotmail.com.

Alegoria dos Medos

"Um conjunto de peixes, guppies, foram agrupados em tímidos, vulgares e corajosos, dependendo da sua reacção de fuga ou enfrentamento perante um outro peixe predador. Os peixes designados por tímidos caracterizavam-se por se esconderem ou nadarem para longe, ao contrário, os corajosos mantinham-se no local onde se encontravam e enfrentavam o congénere ameaçador. Cada um destes grupos de peixes foi deixado no aquário com o predador. Após 60 horas 40% dos guppies tímidos estavam vivos e o mesmo aconteceu a apenas 15% dos classificados como vulgares. Todos os corajosos foram convertidos, durante este período, num suplemento alimentar para o peixe predador".

Soares, I. (Coord.) (2000). Psicopatologia do Desenvolvimento: Trajectórias (in)Adaptativas ao Longo da Vida. Coimbra: Quarteto
Esta experiência realizada por Lee Dugatkin, da Universidade de Louisville, e descrita por Nesse & Williams (1994) demonstra claramente o quanto é importante ter medo.
O medo desempenha uma função indispensável para a nossa sobrevivência, uma vez que é ele que despoleta o comportamento de fuga perante uma situação de perigo ou ameaça.
Quer ao longo da evolução quer ao longo do processo de desenvolvimento, o Homem viverá sempre com o medo lado a lado. O medo acompanha o Homem desde sempre, sendo mesmo possível falar em medos típicos, em função da etapa de desenvolvimento em que este se encontra.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Fobia Social

"Os fóbicos sociais têm mais probabilidade de serem solteiros, pertencerem a uma classe sócio-económica mais baixa, terem menos anos de escolaridade, serem financeiramente mais dependentes, apresentarem maior instabilidade no emprego e menor rendimento no trabalho, e possuírem um menor suporte social"
José Pinto Gouveia
A fobia social surge mais frequentemente durante a infância e a adolescência e evolui de uma forma crónica.
Nas pessoas com fobia social a exposição às situações sociais temidas fazem-se acompanhar por uma grande actividade do organismo que se manifesta através de sintomas de ansiedade excessiva, taquicardia (aumento do batimento cardíaco), palpitações, tremores e suores.

Todos os sintomas mencionados entre outros manifestam-se não só quando se vive a situação fóbica como também na simples antecipação (imaginação) da situação, originando condutas de evitamento, isto é, comportamentos de fuga às situações sociais e de desempenho (por exemplo, evitar uma festa de aniversário ou faltar a um exame escolar).
O evitamento, antecipação ansiosa ou sensação de mal-estar em relação à situação temida, interfere significativamente com as rotinas normais da pessoa, funcionamento ocupacional, relacionamentos e actividades sociais desenvolvidas.
A fobia social é um distúrbio ansioso severamente incapacitante, uma vez que pode impor sérias limitações nas áreas escolar, profissional, social e afectiva.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Vídeo (Resumo do 1º Período)

Aqui fica um pequeno vídeo que mostra o trabalho que realizámos ao longo do 1º período.

Soluções do Exercício Sobre Fobias e Manias

Como prometemos, a resolução do exercício sobre fobias e manias, publicado no passado dia 6/12/2007, está já disponível na secção de comentários dessa mesma publicação.