"Os fóbicos sociais têm mais probabilidade de serem solteiros, pertencerem a uma classe sócio-económica mais baixa, terem menos anos de escolaridade, serem financeiramente mais dependentes, apresentarem maior instabilidade no emprego e menor rendimento no trabalho, e possuírem um menor suporte social"
José Pinto Gouveia
A fobia social surge mais frequentemente durante a infância e a adolescência e evolui de uma forma crónica.
Nas pessoas com fobia social a exposição às situações sociais temidas fazem-se acompanhar por uma grande actividade do organismo que se manifesta através de sintomas de ansiedade excessiva, taquicardia (aumento do batimento cardíaco), palpitações, tremores e suores.
Todos os sintomas mencionados entre outros manifestam-se não só quando se vive a situação fóbica como também na simples antecipação (imaginação) da situação, originando condutas de evitamento, isto é, comportamentos de fuga às situações sociais e de desempenho (por exemplo, evitar uma festa de aniversário ou faltar a um exame escolar).
O evitamento, antecipação ansiosa ou sensação de mal-estar em relação à situação temida, interfere significativamente com as rotinas normais da pessoa, funcionamento ocupacional, relacionamentos e actividades sociais desenvolvidas.
A fobia social é um distúrbio ansioso severamente incapacitante, uma vez que pode impor sérias limitações nas áreas escolar, profissional, social e afectiva.